09/04/2011

Sábado

1.


É o nosso corpo mortal
que os imortais invejam. Este prazo
que nos defende da cansada
luz eterna. Estremecemos
em sangue e veias no relevo
imperfeito da noite. Perseguimos
um ser que nos excede
decomposto na margem
do tempo, diluído no
precário poder do amor.

Inês Lourenço

com a devida vénia, de LOGROS CONSENTIDOS, &etc, 2005

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