Hoje escolhi uma lâmpada de
quinze velas para me acompanhar
durante a noite. Vidros e metais
indefinidos são agora longínquos
como o sono. Esvaem-se
espelhos desabridos e retratos
apaziguados. A pele dos livros
e a pele das paredes unem-se
numa coloração mate. Quinze
velas nimbam toda a ausência,
de um aveludado gozo.
Inês Lourenço
com a devida vénia, de TEORIA DA IMUNIDADE, Edição Felício & Cabral - Publicações, Lda., Porto, Dezembro de 1996
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